Em Frente ao Palácio do Planalto no dia 26/06/2013

Esta matéria retrata as agressões sofridas por manifestantes que pacificamente estavam na entrada do Palácio do Planalto e foram covardemente agredidos pela Polícia Federal com chutes, socos e spray de pimenta. Uma triste realidade que queremos mostrar:


Em Frente ao Palácio do Planalto no dia 26/06/2013,cerca de 100 agentes federais que fazem a guarda do palácio e da Presidente da Republica espancaram covardemente um grupo de 20 pessoas composto por Frei Franciscano, mulheres e homens militantes da Educafro que realizavam protesto pacífico no local. ATENÇÃO!! As imagens são fortes e irão chocar muitas pessoas, mas é a nossa atual triste realidade onde a ditadura do "CALE-SE" insiste em mostrar suas garras.

sábado, 18 de agosto de 2012

ESTUDO DO SENADO SOBRE APLICACAO DA LEI DE COTAS DEVE SER DEBATIDO POR TODOS OS QUE BUSCAM ENTENDER A ENGENHARIA DA INCLUSAO

ESTUDO DO SENADO SOBRE APLICAÇÃO DA LEI DE COTAS DEVE SER DEBATIDO POR TODOS OS QUE BUSCAM ENTENDER A ENGENHARIA DA INCLUSÃO.


UFSCAR oferece cursos de graduação a distância (EAD) - COM COTAS SOCIAIS E RACIAIS


UFSCar realiza vestibular para cursos de graduação a distância

São 770 vagas para cinco cursos de graduação ofertados na modalidade a distância em 13 polos de apoio presencial

Entre os dias 4 e 24 de setembro estão abertas as inscrições para o Vestibular EaD UFSCar 2012 com oferta de 770 vagas distribuídas entre 13 polos de apoio presencial localizados nos seguintes municípios do estado de São Paulo: Araras, Bálsamo, Barretos, Cubatão, Franca, Guarulhos, Itapetininga, Itapevi, Jales, Jaú, São Carlos, São José dos Campos e Tarumã. Os cursos ofertados pela UFSCar nesta modalidade de ensino são Educação Musical, Engenharia Ambiental, Pedagogia, Sistemas de Informação e Tecnologia em Produção Sucroalcooleira. 

O regulamento do processo seletivo dispõe sobre todas as normas para a seleção, calendário, conteúdo das provas e sobre as regras para o ingresso por reserva de vagas, como parte do Programa de Ações Afirmativas da UFSCar. Nesse processo seletivo, 40% das vagas estão reservadas aos candidatos que tenham cursado o ensino médio integralmente em escolas da rede pública de ensino e, desse percentual, 35% de vagas reservadas aos candidatos que, além do critério anterior, se autodeclarem como negros, ou seja, pretos ou pardos, nos termos do regulamento. 

As inscrições deverão ser efetuadas exclusivamente pela Internet, em www.vunesp.com.br. As provas serão realizadas no dia 21 de outubro, nos polos das cidades que oferecem vagas. Candidatos que comprovarem insuficiência de recursos financeiros para o pagamento da taxa de inscrição de R$ 100 poderão consultar o regulamento para solicitação do benefício da isenção de taxa. 

Solicitação de Isenção do Pagamento da Taxa de Inscrição 

A UFSCar também divulgou a resolução que dispõe sobre critérios e procedimentos para o oferecimento do benefício de isenção de taxa de inscrição. Serão concedidas até 350 isenções integrais do pagamento da taxa aos candidatos que declararem situação de carência socioeconômica, nos termos do regulamento. O prazo para solicitação vai de 10 a 24 de agosto e todos os detalhes devem ser conferidos na Resolução CoG nº 47/2012

Outras informações podem ser obtidas com a Coordenadoria do Vestibular da UFSCar pelo e-mail covest@ufscar.br e também pelo Disque Vunesp, no telefone (11) 3874-6300, com atendimento nos dias úteis, das 8 às 20 horas.


Confira:


Aluno branco de escola privada tem nota 21% maior que negro da rede pública

Da rede pública. Luana Miranda e Inaiá Regina


Carlos Lordelo e Davi Lira, do Estadão.edu, Ocimara Balmant e Paulo Saldaña, de O Estado de S. Paulo

Recorte inédito de dados de desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010 nas capitais do País, além de confirmar a distância entre as notas médias dos estudantes de colégios particulares e os de escolas públicas, revela o abismo que separa estudantes brancos e negros das duas redes.

Os números mostram que as notas tiradas pelos alunos brancos de escolas particulares no exame são, em média, 21% superiores às dos negros da rede pública - acima da diferença de 17% entre as notas gerais, independentemente da cor da pele, dos estudantes da rede privada e os da rede pública. 

O levantamento também aponta distorções entre os Estados. De acordo com especialistas, esse cenário é o reflexo da desigualdade social e também da diferença dos níveis de qualidade das redes estaduais.

A reserva de vagas por cor de pele está na Lei de Cotas aprovada no Senado na semana passada. O projeto, que precisa ser sancionado pela presidente Dilma Rousseff, prevê que 50% das vagas das universidade federais sejam reservadas para alunos da escola pública - respeitando critérios de renda e reservas proporcionais por Estado para pretos, pardos e indígenas. 

Como a maioria das federais adota o Enem como critério de seleção, o levantamento indica um cenário aproximado sob a nova Lei das Cotas. 

Vantagem da escola paga. Por sua vez, a nota média de negros que estudam em escola privada é 15% superior às dos negros da rede pública - próxima dos 17% entre todos os estudantes da rede particular e da rede pública. 

Embora em menor dimensão, a variação de desempenho entre negros e brancos dentro da escola pública também é desvantajosa para o primeiro grupo. Na média, os brancos têm médias 3% maiores que os negros. O fato de os negros terem rendimento menor do que os brancos, mesmo dentro da rede pública, tem explicações econômicas e pedagógicas, segundo a diretora do Todos Pela Educação, Priscila Cruz.

Na questão econômica, segundo ela, a explicação é que "entre os pobres, os negros são os mais pobres". O lado pedagógico refletiria a baixa expectativa. "Em uma sala de aula, se uma criança negra começa a apresentar dificuldade, a professora desiste de ensiná-la muito mais rapidamente do que desistiria de um estudante branco."

O presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), José Fernandes Lima, ressalta que há um "acúmulo de desigualdades". "Fica claro que temos dois tipos de desigualdade: a social e racial. É a soma de dificuldades", afirma ele, que defende a combinação do fator racial com a cota cujo princípio é a escola pública. "Se os alunos da escola pública entram em desvantagem com a rede privada, os alunos negros da escola pública têm uma desvantagem ainda maior."

Abismos. Segundo Lima, há outros fatores importantes para entender os dados, como a qualidade das redes públicas - principalmente estaduais -, índices de reprovação e até realidades culturais locais. 

Essa complexidade de fatores fica clara ao analisar os dados por capitais. O mapa do desempenho pelo fator racial mostra verdadeiros abismos. O negro de Belo Horizonte que estuda em escola pública, por exemplo, tem nota 12% superior à do negro da mesma rede em Manaus. As duas cidades têm os extremos de notas desse grupo: 521,03 e 463,85, respectivamente.

Vitória, capital capixaba, tem uma média de 502,59 nas provas objetivas (sem a redação) dos estudantes negros, a sexta maior entre as capitais. Mas na comparação com os alunos brancos de escolas particulares, a diferença é a maior de todas: os brancos da rede privada têm média 27% superior à dos negros das públicas.

Não por acaso, os negros de escolas públicas de Vitória têm o pior desempenho na comparação com os brancos da mesma rede: nota 8% inferior, demonstrando que as diferenças raciais se reforçam até na mesma realidade escolar daquele Estado. Os negros das escolas particulares não têm o mesmo sucesso em notas que os brancos da mesma rede.

A proporção de negros por Estado, que vai servir como critério para a reserva de vagas nas universidades e escolas técnicas federais, influencia as médias. Salvador, por exemplo, tem uma das maiores proporções de negros na sua população. Apesar da participação maciça desse grupo na escola pública, a diferença de nota para os brancos de escolas privadas bate em 25% - só perde para Vitória. 

Textos. Em geral, as diferenças de desempenho entre negros e brancos sempre são menores nas notas das redações. Em Florianópolis, considerando a parte objetiva do Enem, há uma distância de 20% entre a nota média de negros de escolas públicas e a de brancos das particulares. Na redação, essa diferença cai para 8%. 

Segundo o professor Francisco Platão Savioli, da USP e do Anglo, a explicação envolve os tipos de competências que a redação consegue avaliar. "A redação não mede um conhecimento momentâneo, mas um conhecimento calcado na experiência de vida, até mesmo na luta contra as contrariedades", diz ele. "O texto avalia competências que outras matérias não avaliam."


sábado, 4 de agosto de 2012

EDUCAFRO ASSINA TERMO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA COM A CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO




A Mesa Diretora da Câmara Municipal de São Paulo assinou nesta segunda-feira um termo de cooperação técnica com a Educafro, entidade que promove a inclusão da população negra e de baixa renda nas universidades públicas e particulares através de bolsas de estudo.

Diretor executivo da Educafro, o Frei David Raimundo dos Santos espera que a Casa, a partir do convênio, "ajude a dar rumo a uma sociedade que sonha com uma realidade nova e com menos exclusão". Ele destacou que São Paulo é a maior cidade negra do Brasil, com mais de três milhões de pessoas, mas ao mesmo tempo "é o local com menor índice de negros nas universidades".

Para Frei David, a mudança nessa situação precisa ser feita a partir de “estatísticas e estudos técnicos que auxiliem a compreender esse fenômeno”, e nesse ponto ele acredita que a parceria com o Parlamento paulistano será fundamental.

Segundo o presidente da Câmara Municipal, vereador José Police Neto (PSD), os esforços da Câmara nesse sentido serão feitos principalmente através da Escola do Parlamento. “É fundamental trazermos esse espírito da Educafro de socializar o conhecimento. Temos uma escola e precisamos buscar formas de compartilhar o que é produzido nela sem gastar”, explicou.

A Educafro tem atuação em todo o Brasil. Além de oferecer bolsas de estudo, a entidade também possui uma rede comunitária de cursinhos pré-vestibulares.

Com a assinatura do termo de cooperação técnica, a Câmara Municipal também passará a reservar vagas para afrodescendentes e indígenas em seu programa de estágio remunerado.

A Educafro pretende ainda buscar a aprovação de uma portaria que determine a reserva de vagas em concursos públicos no Legislativo municipal. “Vários já adotaram e nosso sonho é que hoje a Câmara discuta uma portaria determinando que próximos concursos contemplem a questão da inclusão”, argumentou Frei David Raimundo dos Santos.

Para Police Neto, o termo de cooperação técnica beneficia as duas partes. “De um lado a gente dá algo pelo qual eles estão lutando há muito tempo, por outro buscamos nos enriquecer com o que eles sabem fazer”, comemorou.

OUÇA A REPORTAGEM COMPLETA:


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